domingo, 6 de março de 2016

Arte Budista

   A arte budista teve a sua origem no subcontinente indiano, séculos depois da existência de Siddhartha (Buda). Mais tarde, através do contacto com diversas culturas, este tipo de arte foi evoluindo e difundindo-se por toda a Ásia, assim com pelo resto do mundo.
   A sua primeira fase designada de precónica, teve origem no século I EC, caracteriza-se pela não representação direta de Siddhartha, como através do Buda Śākyamuni e de budas míticos os quais haviam existido, segundo antigas crenças da região. A fase seguinte, icónica, baseou-se em representações da imagem humana de Buda e de budas remetentes do passado, do futuro e de outros universos como símbolo central das suas obras de arte.
   Desde então, a arte budista diversificou-se e evoluiu, adaptando-se a novas religiões que se viriam a formar com diversos crentes. 

Livro Sagrado

   O livro sagrado do budismo é chamado Tripitaka, que está escrito em páli, uma língua da India antiga.
    A história desse livro sagrado remonta à trajetória do indiano Sidarta que abandonou uma vida de luxo para buscar a sabedoria. Depois de meditar, ele concluiu que o sofrimento era causado pelos desejos que atormentavam a mente dos homens, como a corrupção, o ódio e a ilusão.
   Para Buda, se o homem aniquilasse esses desejos, atingiria o nirvana, um estado de paz longe de todo o sofrimento. Por causa dessa descoberta, ele tornou-se Buda, que em sânscrito significa "o iluminado".

Datas Festivas do Budismo

   Estas são algumas das datas festivas da comunidade budista:

 1 de janeiro -  Ano Novo ("Shusho-e")

15 de fevereiro - Dia do Nirvana ("Nehan-e")

Equinócios - Passagem para a Outra Margem ("Higan-e")

Aniversário do Buda Sakyamuni ("Hanamatsuri"/"Kambutsu-e")

8 de dezembro - Dia da Iluminação ("Jodo-e")

31 de dezembro - Ofício da passagem de ano ("Joya-e")

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Locais de Culto Budista

   Um templo budista é destinado à prática religiosa desta religião, onde se reúnem as chamadas “Trés Jóias” – Buda, Darma e Shanga - nas quais os budistas procuram a salvação. A sua estrutura varia de região para região, fazendo parte  dela não só o edifício em si, mas também o terreno envolvente. No centro encontra-se o santuário (uma estupa ou uma estátua de Buda). Os templos são frequentemente usados como mosteiros pelos monges budistas.

Crenças do Budismo

   A crença budista consiste nas “Quatro Verdades Divinas”:

1.    Toda a existência é insatisfatória e cheia de sofrimento;

2.    Este sofrimento é causado pela ignorância, pelo desejo ardente e esforço constante para encontrar algo de eterno e estável num mundo transitório;

3.    O sofrimento ou insatisfação pode-se superar na totalidade – é o Nirvana;

4.    Consegue-se alcançar o Nirvana seguindo o nobre cominho das Oito Vias:
·         Visão Correta – ver a realidade como ela é e não como ela parece ser;
·         Intenção Correta – intenção inofensiva e genuína;
·         Fala Correta – falar de forma verdadeira e sem agressividade;
·         Ação Correta – agir de forma não agressiva;
·         Viver Corretamente – não viver agressivamente;
·         Esforço Correto – esforçar-se para melhorar;
·         Atenção Correta - observar com atenção as coisas com a consciência clara; estar consciente da realidade presente dentro de si mesmo, sem qualquer desejo ou aversão;
·         Concentração Correta – meditação e concentração correta.


   Para alcançar a purificação absoluta e, consequentemente, a iluminação, o Budismo propõe vários exercícios, tendo como principal o “Yoga”.

   O Budismo acredita que o Homem antes de atingir o Nirvana (lugar de absoluta tranquilidade, onde o sofrimento não existe) passa por diversos renascimentos.
 
    No Budismo não existe a alma. Há apenas a sequência de um momento de aparecimento que dá origem ao seguinte, de forma que a morte representa simplesmente uma nova forma de aparecimento.

    Os três pecados principais do Budismo são:

·         a ganância - representada pelo porco
·         o ódio - pela serpente
·         a ilusão - representada pelo galo

            "Consumido pelo desejo ardente, enraivecido pelo ódio, cego pela ilusão, esmagado e desesperado, o homem contempla a sua própria queda, a dos outros e ambos em conjunto" - Buda

Figuras importantes do Budismo

   A figura mais importante no Budismo é o Homem, pois esta religião gira sobretudo em torno dele. O Budismo não tem um Deus como referência, daí ser muitas vezes referida como uma filosofia e não uma religiao.

A distribuição do Budismo no mundo

   Várias fontes colocam os seguidores do Budismo entre 250 a 500 milhões de pessoas, sendo assim a 5ª maior religião no mundo. Esta região tem tido um grande aumento no número de seguidores no Ocidente, mas é no Oriente que tem mais incidência, especialmente em regiões como a Índia.